quinta-feira, 9 de abril de 2009

Apple: Feriados.


Apple não entende feriados religiosos. Não comer carne, jejum... Nada disso faz sentido para ela. Sua criação foi negligenciada por seus pais em diversos aspectos, e a educação religiosa foi um deles. Não foi batizada em igreja nenhuma, nunca foi a uma missa, nunca viu um padre e tão pouco sabe o que se conta na biblía, se nunca a leu.
Quando há um feriado na semana, ela sabe que não irá trabalhar, mas não sabe o motivo. Sete de setembro, vinte e um de abril ou dez de abril. São apenas datas, dias que sabe que pode se programar para viajar, ou para ficar mais tempo só em seu apartamento.
Acostuma-se a dizer "vá com Deus", "Deus me livre", "aí meu Deus", mas ela só fala da boca pra fora. A vaga idéia de Deus que ela possa ter é de um senhor, que teve um filho que foi crucificado, e só. Dizem que ele fez a terra e tudo que há nela. Mas Apple lembra-se de ter aprendido na escola sobre evolução.
No natal ela sempre esperou por um presente, na páscoa por um ovo de chocolate, e não vê mais significado do que isso. Na semana santa come-se peixe, mas ela não gosta de peixe. Come o que então? Como ela não vê sentido, ou tão pouco significado, ela come o que quiser.
Também não sabe porque escrever "Deus" com "D". Ela imagina que por respeito, já que é como uma pessoa mais velha, bem mais velha que todas as pessoas.
Apple não sabe quem ao certo foi Jeová, Maomé, Jesus, Buda ou qualquer outro personagem importante em diversas religiões.
Ela vai continuar ganhando ovos de páscoa, e presenteando seus amigos, como assim fazemos até hoje quando é aniversário de alguém. Se natal é aniversário de Jesus, porque quem ganha presente é a gente? Tem coisas que não fazem sentido...
Não importa para ela o porque. Apple já perguntou diversas vezes o motivo de feriados assim, e como não significa nada para ela, como é irrelevante, ela sempre esqueçe. Então parou de perguntar.
E se alguém diz para ela "vá com Deus", ela responde "fique com ele", sem nem saber porque. Apple vai curtir o feriado, sem importar mais nada.

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