Recentemente estou vencendo algumas barreiras que ao longo da vida fui colocando em meu caminho, e uma delas é assistir mais a filmes nacionais. Com esse propósito, procurei um amigo que tem conhecimento do assunto. Ele me passou uma lista e no topo dela eu tinha outro que não fosse esse, mas por problemas técnicos, "Feliz Natal" foi a primeira opção da lista, sendo assim, assisti e o primeiro post dessa série de Brasileiríssimos será o tal.É sobre: Mostra a história de Caio (Leonardo Medeiros), que volta a cidade para rever sua família na véspera de natal. Em meio a isso ele se depara com alguns fantasmas de sua vida, sua mãe que vive dopada (Darlene Glória), seu pai (Lúcio Mauro) que mantêm um romance com uma mulher mais nova que ele, seu irmão (Paulo Guarnieri) que vive em um casamento falido, sua cunhada (Graziella Moretto) apática e seus sobrinhos que como crianças que são, não enchergam os problemas que os cercam. Devido a uma tragédia vivida por Caio, ele se manteve afastado de sua família, e de seus amigos. Ao reencontrá-los, percebe que nada mudou, ninguém construiu nada e que eles não percebem a falta que uma boa estrutura pode fazer na vida boêmia deles. Ao acabar o natal, Caio volta para a cidade do interior onde mora agora, tendo certeza que aquela vida que abandonou, nada mais tem a ver com ele, que tornarasse um homem responsável e dono de si.O que achei: Li algumas críticas do filme depois de assistir e concordo com algumas e discordo de outras. A fotografia as vezes era escura demais, talvez houvesse sim muitos closes nos olhos, mas nada disso abalou a história para mim. O mundo que se vê no filme é muito rico de detalhes, da casa bonita e rica do irmão de Caio, até a casa detonada de seus amigos, tudo é muito real. A angústia do arrependimento que se vê o tempo todo nos olhos de Caio, a vida que parece melhor de seu irmão mas é tão triste quanto a dele. No fim, quando Caio chega em casa, ele tem a sua mulher para lhe receber, seu cão, seu ferro velho. Seu irmão, por mais dinheiro que tivesse, sua família toda do seu lado, era um homem infeliz no emprego, no casamento, e tentava se manter lúcido ao lado de sua mãe e de seu pai, que tanto fugiam da realidade. No fim, vi que o mais próximo da felicidade, talvez fosse o próprio Caio, o homem que era visto como ovelha negra. Ele precisou sair dos domínios de sua família para se encontrar, e perceber que aquele homem que ele havia sido no passado, era uma versão horrorosa de quem ele realmente era. Não sei se esse é o intuito do filme, foi o que eu entendi. Fica aí a dica. Não leia críticas antes de ver qualquer coisa, ela pode te impedir de ver coisas boas, ou pode te fazer ver tudo com olhos tão críticos que pode perder coisas boas. Destaque para o menino que faz o Bruno, o pequeno ator Fabrício Reis. Aliás, só tem feras! Assiste vai!
Nota:7,5
Nota:7,5
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